segunda-feira, 14 de maio de 2012

A NOVA VIDA POR @OHYEAHROB #FANFIC #CAPÍTULO05



Capítulo 5


“Nossa vida é definida pelo medo ou pelo amor”


Eu estava no meu escritório, na minha imensa mansão quando ouvi o barulho da fechadura da porta da sala. Fui imediatamente para lá, presenciando Edward começar a subir as escadas com um sorriso idiota no rosto.
-Posso saber onde estava até essa hora? Perguntei rudemente fazendo ele se assustar com minha súbita aparição.
-Estava andando por ai. Respondeu entediado.
-Acha que eu sou idiota? Perguntei tentando conter minha fúria.
-Se a carapuça servir. Respondeu sarcástico.
-Presta bem atenção garoto. Disse me aproximando dele. -Acho bom você não estar se envolvendo com ninguém, pois você sabe que eu posso muito bem descobrir quem é e acabar com essa pessoa.
-NÃO! NÃO OUSE SE APROXIMAR DELA!  Gritou ele vindo para cima de mim e parando no meio do caminho. Sorri vitorioso, havia jogado verde para colher maduro.
-Quer dizer então que você tem uma namoradinha. Mais que coisa mais... RIDÍCULA.
-Eu não vou ficar aqui ouvindo seus lamentos Carlisle. Disse ele se dirigindo para o quarto no segundo andar da casa. Ele não me chamava mais de pai. Não depois de tudo o que aconteceu, fui para meu escritório, lá era meu refúgio. Mas também, lá era o lugar onde eu me afundava nas lembranças. Eu estava no último ano da escola. Minha vida era bastante estável, eu poderia dizer que tudo era perfeito. Menos por um detalhe, eu amava a mulher errada. Elizabeth, era a mulher mais doce e delicada que eu já havia visto em minha vida, foi impossível não me apaixonar imediatamente, mas infelizmente ela não tinha olhos para mim, sua atenção era toda para Aro Volturi. Digamos que nós éramos “inimigos”. A sala era dividida em duas turmas, eu era o capitão do time de futebol e ele o capitão do time de basquete. E nós disputávamos a mesma mulher. Eu sempre notei que ele tinha vergonha de Eliza por ela ser pobre, nunca saiam juntos, pois isso poderia queimar o filme do filho de deputado estadual. Eu não me importava com a diferença na classe social entre mim e ela, se fosse para ter o seu amor, eu aceitava até ser deserdado pelo meu pai. Eu me aproximei dela, tornamos amigos muito próximos, mas ela sempre me considerava seu irmão, mesmo sabendo dos meus reais sentimentos por ela. Eu pensei que havia perdido tudo quando ela anunciou seu namoro com Aro, mas eu não esperava que tudo fosse dar uma volta de trezentos e sessenta graus após receber sua triste notícia.

Flashback ON

Estava em casa esperando Eliza, pois tínhamos marcado de estudar para prova de biologia. Os minutos passaram lentamente até que finalmente ouvi o barulho da campainha. Fui atender prontamente com um sorriso no rosto, ansioso para ver minha amada novamente. Mas meu sorriso morreu quando eu vi sua expressão, ela chorava desesperadamente, os olhos estavam inchados e havia uma marca de uma mão em seu rosto. Ela se jogou nos meus braços, pedindo socorro silenciosamente. Abracei seu corpo pequenininho e a levei até meu quarto. Deixei-a deitada na cama, até seu choro finalmente acabar.
-O que houve minha pequena? Perguntei carinhosamente.
-Eu estou grávida. Sussurrou ela. Merda, agora eu havia a perdido de vez.
-Foi seu pai que fez isso com você? Perguntei tocando a mancha vermelha e seu rosto.
-Não... Foi o Aro. Senti meu corpo todo tremer de raiva, aquele idiota, hipócrita.
-Não se preocupe pequena, vou cuidar de você.
-Meus pais vão me mandar embora de casa, eles nunca irão aceitar eu estar grávida sem um pai!
-O que aquele idiota disse que não queria a criança? Perguntei incrédulo.
-Ele disse que eu era vagabunda, que estava tentando dar o golpe da barriga nele e que nunca iria assumir o filho de uma pobre. Disse voltando a chorar. Abracei seu corpo ternamente, odiando o cara idiota que havia a feito sofrer tanto.
-Não se preocupe pequena, seu bebê tem um pai sim. É só você aceitar se casar comigo, eu assumo seu filho, ninguém precisa saber que ele não é meu de verdade.
-Não posso permitir que você destrua sua vida comigo Carl, não posso.
-Pode sim pequena, você sabe que eu te amo mais que uma amiga. Não será sacrifício nenhum o que estou fazendo por você.
-Obrigado Carl.

Flashback OFF

Uma semana depois anunciamos aos nossos familiares sobre a gravidez e o casamento. O pai dela queria me matar, mas só não o fez por eu ter assumido meu erro. O casamento foi perfeito, ela estava realmente se esforçando para ser uma esposa “normal”. Tivemos uma lua de mel realmente verdadeira, ela havia se entregado a mim, nossa vida de casado foi, inicialmente, perfeita. Os meses de sua gravidez foram conturbados, a gravidez era de risco e sempre tínhamos cuidado excessivo com ela. Com o tempo eu fui realmente amando aquela criança que ela carregava em seu ventre. Se Aro não a queria, ela seria minha, só minha. Quando descobrimos o sexo do bebê, ela me deixou escolher o nome, seria Anthony, nome do meu avô. Mas acabei por escolher Edward. Edward significa sempre alerta, agilidade, sintonia com o mundo, espírito aventureiro. Meu filho seria tudo isso, seria perfeito. E ele foi. Lembro-me perfeitamente do dia em que o vi pela primeira vez. Eu fiquei admirado, a devoção que eu sentia por aquele pedacinho de gente era imensa. Sua beleza, felizmente, havia sido herdada totalmente de Eliza. Aqueles tufinhos pequenos de cabelos bronze marcavam perfeitamente o homem que ele se tornaria um dia. Fiz muitos planos para nós, iríamos jogar bola com seus amigos, eu o levaria para a escola, estaria sempre do lado dele. Lembro-me perfeitamente do dia em que ele havia se machucado na escola.

Flashback ON

Estava em meu escritório quando minha secretaria Irina entrou meio assustada.
-Senhor, ligaram da escola do seu filho. Parece que ele se machucou.  Disse apreensiva.
-O quê? Como ele esta? Perguntei desesperado.
-Não sei, apenas falaram para você ir buscá-lo.
-Cancele tudo que estiver marcado para hoje, não vou voltar mais. Sai desesperado, indo direto para a garagem pegar meu carro. As ruas estavam pouco movimentadas e o sinal vermelho estava me prendendo inutilmente, pois não havia carro nenhum. Sem me importar com mais nada a não ser com meu filho, acelerei o carro e ultrapassei a sinal. Menos de cinco minutos depois, o barulho da sirene e as luzes azuis e vermelhas piscaram no retrovisor do um carro. Parei  a contragosto enquanto esperava o policial se aproximar.
-Documentação, por favor. Pediu educadamente, comecei a procurar minha carteira dentro da porta luvas e não achei.
-Merda! Dei um soco no volante. -Olha Chefe, eu sair desesperado, pois ligaram da escola do meu filho dizendo que ele havia se machucado. Nem me lembrei de pegar minha carteira.
-Bom, não posso deixar de dar uma multa por estar dirigindo sem carteira e ultrapassar o sinal vermelho, mas vou te fazer um favor de não apreender seu carro. Sei o que é ser pai! Disse sorrindo amigavelmente. Ele me passou uma multa realmente cara e me liberou, mas não antes de me alertar.
-Que isso não se repita novamente senhor.
-Sem dúvidas.
Voltei a movimentar o carro e logo estava na frente da escola. Corri direto para a secretaria e o vi, sentado em um banco com a calça levantada até perto da sua coxa e seu joelho sangrava, mas como os arranhões eram praticamente inocentes. Rosalie estava ao lado dele, segurando em sua mão. Sorri para a amizade dos dois, talvez fosse à hora de dar algum irmão para Edward. Levei-o para casa e fiz o curativo em seu joelho. Ri de tudo que havia acontecido hoje, mesmo sendo um machucado bobo, qualquer pai ficaria desesperado e sem saber o que fazer com um filho machucado.

Flashback OFF

Eu sempre me achava um pai bobo e idiota, mas ver a alegria do meu filho não tinha preço. A lembrança mais feliz que eu trazia em minha memória foi de seu aniversario de sete anos. Ele havia me interrogado sobre garotas. Eu não sabia o que fazer. Ele perguntava se beijar na boca era bom e porque ele não sentia vontade de ficar perto das meninas. Inicialmente me preocupei com sua opção sexual, mas notei que na idade dele, era normal ainda não se interessar por meninas. Havia muitas lembranças felizes que eu trazia do passado até hoje. Eu sentia falta daquele tempo. Sentia muita falta. Um tempo após o aniversário de sete anos do Edward, Eliza começou a se comportar estranhamente. Passava muito tempo fora de casa, e não se importava mais comigo ou com o Edward. Na frente dele, ela o tratava bem, mas quando estávamos somente eu e ela, ela reclamava que ele estava sendo muito chato e eu mimava demais ele. Que o menino iria virar o bobão quando ficasse grande. Não estava compreendendo esse comportamento extremamente hostil de Eliza, mas no dia em que Aro Volturi entrou pela porta de minha casa, tudo mudou.

Flashback ON

Edward estava assistindo desenho animado na TV enquanto eu analisava uns documentos que havia trazido do trabalho. Eliza ainda não havia chegado do trabalho, e eu estranhei isso, pois ela sempre chegava antes de mim. Ouvi a porta da frente se abrir e fui prontamente receber minha esposa. Fiquei estarrecido quando eu vi a imagem na minha frente. Eliza havia parado na soleira da porta ao lado de um homem que olhava divertidamente para Edward, eu sabia muito bem quem era ele, Aro Volturi.
-O que faz aqui? Perguntei nervoso. -Você o deixou entrar aqui Eliza? Perguntei.
-Precisamos conversar Carlisle. Disse ela. Na hora em que vi Aro se sentar ao lado de Edward, que o olhava confuso, sentir todo o sangue do meu rosto sumir. O que aquele desgraçado queria com meu filho.
-Olá criança, como se chama? Perguntou se fazendo de amigo. Ele olhou para mim e depois para Aro.
-Edward. Respondeu coçando os olhos de por causa do sono, Aro abafou uma risada e olhou divertido para mim.
-Que nome gay. Disse ele como se meu filho não estivesse em sua frente, eu queria avançar para cima daquele desgraçado. Edward olhou novamente para mim, com o semblante triste e eu fui até ele, pegando-o protetoramente em meu colo.
-Olha como fala com meu filho Aro, você está em minha casa. Ele apenas riu sarcástico. Subi as escadas em direção ao quarto de Edward e o deitei na cama.
-Pai, quem é aquele homem e porque ele não gostou de mim? Perguntou triste e confuso.
-Não ligue para ele filho, é apenas um bobo que não sabe o que diz. Seu nome é muito lindo sabia? Disse tentando demonstrar tranqüilidade. Mas na verdade eu estava assustado.
-Conta uma história para eu dormir? Pediu ele fazendo careta. Eu sorri.
-Hoje não posso. Papai tem que conversar com aquele homem. Prometo que amanhã eu conto quantas histórias você quiser. Prometi.
-Certo! Boa noite pai.
-Boa noite filho.  Disse beijando sua testa e cobrindo seu corpo com a manta que havia ali. Voltei para o andar de baixo e a cena que eu presenciei novamente me deixou em choque. Eliza estava sendo beijada violentamente por Aro. Beijo esse que eu nunca havia dado nela antes. Tinha luxúria desejo e cumplicidade. Eu estava confuso. O que era isso? Porque ela estava fazendo isso comigo? Depois de tudo que eu havia feito por ela. Pigarreei e eles se separaram sem mostrar qualquer constrangimento ou surpresa por eu ter pegado-os no flagra.
-Vamos para o escritório. Disse ela. Caminhamos até lá rapidamente. Eu me sentia sufocado, enganado.
-O que significa isso? Perguntei.
-Eu quero o divórcio.  Disse ela simplesmente.
-O que, por quê? Perguntei sem entender nada.
-Porque não quero mais nada com você. Aro voltou, disse que se arrependeu pelo que fez e decidi dar uma chance para ele.
-Porque está fazendo isso com a gente? Perguntei sentindo minha voz falhar e Aro rir com isso.
-“A gente”? Não existe e nunca existiu “a gente” Carl.  Disse como se fosse óbvio.
-Como não? E todos esses anos que vivemos juntos? E o Edward?
-É um otário mesmo.  Disse Aro.
-Carlisle, eu realmente não queria te falar a verdade. Mas se você realmente quer saber, vou contar. Só para avisar, vai se arrepender de querer saber a verdade.
-Nos nunca nos separamos. Começou Aro. -Todo aquele teatro que ela fez para você era mentira. Pelo menos em partes, eu não poderia assumir esse filho, pois isso seria um problema para minha futura carreira política. Então minha queria Eliza teve a brilhante idéia de se fazer de vítima para você. E como o idiota apaixonado que você era, iria aceitar em fazer a coisa certa que era assumir a bastardo.
Eu sentia um buraco em meu peito. Um vazio. Tudo era mentira, tudo mentira. Eu queria matar esses dois filhos da puta. Enganaram-me o tempo todo.
-Se você não queria ter o filho, porque você não tirou? Perguntei furioso.
-Simples, eu ainda era menor de idade e se fosse abortar teria que ser uma clínica clandestina. Eu não iria correr o risco de morrer e como eu não poderia me casar com o Aro naquela época, aproveitei que você tinha uma queda por mim, para ter uma vida sossegada até o dia em que meu amado voltaria. Disse ela indo beijar ele, eu sentia vontade de vomitar.
-Bom, agora eu vou indo. Disse ela. -Minhas malas já estão prontas.
-E o Edward? Perguntei desesperado, eu não sabia se queria ele aqui ou se queria que ele fosse com ela.
-Pode ficar a utilidade que ele tinha para mim já passou.

Flashback OFF

Depois desse dia minha vida acabou. Ela foi embora com Aro e me deixou naquela casa cheia de lembranças, com o Edward. Eu não falava mais com ele, só de olhá-lo eu me lembrava dela e tinha vontade de vomitar. Ficava o dia inteiro no trabalho e nos fins de semana me embebedava e nem olhava para cara de Edward. Eu via a tristeza em seus olhos, mas nada que fosse comparada a minha própria tristeza. Com o tempo eu perdi o emprego por ter agredido um dos meus colegas de trabalho que havia me ofendido dizendo que eu não havia dado conta de minha esposa. Eu bati tanto nele que teve que ser internado. Fiquei uma semana preso, até finalmente conseguir pagar a fiança. Minha ficha ficou manchada e ninguém mais me contratou.  Havia apenas uma solução, ganhar dinheiro de uma forma suja. Tráfico de drogas. Isso me fez ganhar muito dinheiro, mudei da casa onde morava com Edward e fui para a mansão que moro atualmente. Paguei para uma mulher cuidar de Edward e mantê-lo sempre longe de mim, pois não queria ver sua cara e me lembrar da desgraçada de sua mãe. Mas no dia em que Edward veio tirar satisfação e eu vi os seus olhos, que eram os mesmo de Aro e Eliza, eu enlouqueci. A fúria que eu senti por aquele menino que eu criei como filho era imensa. A partir desse dia eu comecei a levá-lo para meus negócios. Obriguei-o a usar drogas e com o passar do tempo ele se tornou um viciado. E me sentia morto, sem vida. Eu não sabia o que estava fazendo, eu só queria dinheiro e mais dinheiro. Quem sabe assim eu poderia acabar com a vida de Aro. Eu nunca pensei que chegaria tão baixo. Nunca pensei que chegasse ao ponto de matar um homem. Mas eu o fiz, com muito bom grado. Eu matei o filho da puta que havia violentado Edward. Foi a partir desse dia que eu senti que ainda havia espaço para meu filho dentro de mim.

Flashback ON

Eu tive uma entrega importante para fazer hoje, e era logo no dia em que a babá tinha folga. Não levava mais Edward para as entregas então ele teve que ficar em casa. Ele não estudava mais, eu não poderia correr o risco de ele contar para alguém o que eu fazia. Pedi para um de meus seguranças ficarem com ele em casa. Caius aceitou, pois eu iria pagar um pouco mais pelo serviço prestado. Infelizmente ocorreu um erro na entrega então eu voltei rapidamente para casa. Mas a cena que eu vi foi grotesca e repulsiva. Edward estava amarrado em cima de uma mesa, completamente nu e com varias marcas  por seu corpo. Ele estava desacordado e isso me preocupava, pois havia sangue saindo de algum lugar de seu corpo. Eu estava furioso, meu instinto paterno aflorou violentamente. A fúria me cegou e eu fui direto para meu escritório e peguei um revolver que havia ali. Voltei para onde o corpo do meu filho estava e vi Marcos completamente nu e com aquele membro completamente duro, olhando para meu filho com um sorriso sacana no roso. Tossi rapidamente  e ele me olhou assustado.
-SURPRESA!  Disse furioso e com a voz baixa. Sem nem pensar duas vezes apontei o revolver para sua cabeça e disparei até a munição acabar. Ele caiu, morte e completamente ensangüentado.

Flashback OFF

Dei um jeito de dar um perdido no corpo e depois contratei um médico, para manter sigilo total sobre o assunto e ele cuidou do Edward pelo resto da semana. Eu nunca me perdoei por tê-lo sujeitado a isso. Nos nunca tocamos nesse assunto, eu contratei um psicólogo para ele e paguei sua clínica de reabilitação. Eu me sentia um filho da puta por fazer isso com meu próprio filho. Toda a maldade, tudo que eu o fiz passar, não tinha perdão. Eu não voltei a fazer mal para ele, mas sempre temia que ele se envolvesse com alguém e contasse sobre meu segredo. Eu sentia dor pela desgraça que minha vida havia se tornado. Principalmente por ter desgraçado a vida do meu filho. Mas uma coisa era certa, eu não poderia deixá-lo se aproximar de ninguém. Poderia ser uma garota oportunista, poderia ele, contar a verdade para ela e todos ficarem sabendo de toda a verdade. Foi por isso que eu chamei Sam Winchester, um detetive meia boca que me devia alguns favores. Já era manhã quando ele chegou a meu escritório.
-Qual motivo do chamado amigo? Perguntou.
-Sam, sente-se. Bom, na verdade, você me deve alguns favores e eu preciso de seus serviços, entende?
-Perfeitamente, o que você precisa.
-Quero que você siga meu filho e descubra tudo sobre a suposta namorada dele.
-E quando eu descobrir devo dar um fim na menina? Perguntou curioso.
-Não. Você não fará absolutamente nada contra ela. Apenas vai investigar sobre sua vida.

POV_EDWARD

Eu estava furioso com Carlisle. Não poderia permitir que ele controlasse minha vida e ainda ameace a Bella. Não havia conseguido dormir o resto da noite, e quando já era cedo, fui direto a casa dela, temendo que algo de ruim tenha lhe acontecido. Quando cheguei, havia uma mulher muito bonita cuidando de algumas plantas que havia no jardim da casa.
-Posso ajudar? Perguntou.
-A Bella está? Perguntei timidamente.
-Ela ainda está dormindo, você deve ser o Edward, certo? Ela havia falado de mim. Fiquei surpreso com isso.
-Sim, muito prazer.
-O prazer é meu Edward, sou a Esme.
-Bom, então eu volto mais tarde. Disse triste.
-É claro que não. Disse com falsa indignação. Prendi o riso.  Vou te confessar, se eu te deixar ir embora ela e Alice vão me matar. Não entendi o que ela quis dizer, mas não falei nada.
-Pode entrar e suba a escada e entra na primeira porta. A Bella vai adorar ser acordada por você. Disse sorrindo carinhosamente. Fez-me lembrar de minha mãe. Por que ela me deixou? Olhei para as rosas vermelhas que havia ali, tendo afastar qualquer pensamento deprimente.
-Posso pegar uma? Perguntei timidamente me referindo a rosa.
-Oh, claro, um gesto muito bonito.  Ela sorriu e me entregou a rosa. Entrei na casa e segui o caminho que ela havia indicado. Eu me sentia constrangido, bati na porta duas vezes e ninguém atendeu. Abri minimamente e vi minha menina deitada confortavelmente em sua cama, toda enrolada no edredom. Sorri para a imagem pura e inocente. Avaliei o quarto extremamente organizado. Não era todo rosa e cheio de ursinhos como eu imaginava ser o quarto de uma garota. Ele era apenas, Bella. Eu não queria acordá-la, então entrei ainda mais no quarto a procura de algum lugar para sentar. Foi ai que eu notei um lindo piano de caldas no canto do seu quarto. Fiquei admirado com a beleza do instrumento. Será que ela tocava. Fui até o canto de sua cama e me sentei no chão, ao seu lado, olhando seu rosto de anjo. Peguei a rosa e passei suavemente por suas bochechas, lábios e pescoço. Vi seu corpo se arrepiar e me senti estranho. Bella foi à primeira mulher que me despertou desejos. Desde que aquele troglodita fez o que fez comigo, eu nunca me imaginei sentindo desejo por ninguém. Mas ela despertou isso em mim. Ela suspirou pesadamente e abriu os olhos. Ela me olhou por alguns segundos e depois fechou os olhos. Eu sentia que aquela situação era ridícula. Ela voltou abrir os olhos e bufou frustrada.
-Oh, merda. Sussurrou.
-Bom dia. Disse timidamente. Ela me olhou chocada, abriu a boca para falar alguma coisa, mas nem um som saiu. Sorri, sem conseguir me conter.
-Não é um sonho? Perguntou ela confusa. Ela achava que estava sonhando com minha presença? Hilário.
-Desculpe-me entrar assim em seu quarto, mas sua tia permitiu. Expliquei-me.
-Tudo bem, eu só não esperava que você viesse tão cedo.
-Desculpe, não quis interromper seu sono, mas eu só queria ter certeza que estava bem. Eu falei. Ela me olhou profundamente por alguns minutos e depois sorriu.
-Me dá dois minutinhos?
-Perfeitamente. Ela foi para uma porta, que provavelmente era o banheiro, e logo depois voltou e me surpreendeu ao me abraçar fortemente.
-Obrigado por vir, eu adorei a surpresa. Abracei seu corpo protetoramente, temendo que algo de ruim lhe acontecesse.
-É para você.  Disse lhe estendendo à rosa.
-Ah, é linda, obrigado. Quando ela pegou a rosa, imediatamente a soltou, um espinho havia furado seu dedo e ela gemeu baixinho em desgosto.
-Oh, eu sinto muito.  Disse segurando seu dedo furado.
-Sem maiores danos.  Ela disse. Levei seu dedo até minha boca e suguei todo o sangue que havia ali. Ela me olhava timidamente e eu tive vontade de rir pelo meu ato, ousado.
-Vou te levar para tomar café, aceita? Propus.
-Oh, eu não tomo café de manhã. É costume, desculpa. Disse envergonhada.
-Sem problemas. O que você quer fazer? Perguntei.
-Saber mais sobre você. Disse baixinho. Claro. Essa hora iria chegar e eu iria começar a contar o dia em que eu tive a maior dor física em toda minha vida. Sentei junto com ela em sua cama, ela estava com as costas em meu peito e a cabeça encostada em meu ombro.
-Eu tenho uma coisa para te contar e não é nem um pouco agradável, se você sentir nojo de mim, pelo amor de Deus, fale que eu não vou aparecer em sua vida nunca mais. Disse e senti seu corpo estremecer.
-Não fale assim, eu não quero que você vá embora.
-Vamos ver se você vai continuar com essa idéia depois do que eu te contar, falei sombriamente.
-Pode falar Edward, eu não vou te julgar.  Murmurou.
-Eu sei.  Disse me desculpando pelas palavras hostis.
-Teve um dia em que meu pai saiu para trabalhar e a mulher que ficava comigo estava de folga, por isso meu pai pediu a ajuda de um dos seus seguranças. Meu corpo tremia com a lembrança desagradável. Senti a mão de Bella segurar a minha fortemente e continuei. -Eu ainda era uma criança e ele me chamou para brincar, só que eu não entendia qual a brincadeira que ele queria. Não iria falar muitos detalhes, iria direto ao ponto. -Ele me violentou. Senti o corpo todo de Bella tremer e ela se virar abruptamente para mim. Senti meu rosto corar e me senti sujo. Ela tremia e seus olhos estavam molhados.
-Eu sinto tanto Edward. Disse ela tocando meu rosto suavemente. -Não se preocupe, é claro que eu não vou sentir nojo de você Edward, isso é impossível.
-Mas Bella, isso é repulsivo, nojento. Senti seus dedos em meus lábios me calando.
-Não fale assim Edward, você não teve culpa.
-Você é tão pura Bella, tão perfeita, é um anjo. Disse olhando em seus olhos. -Eu nunca pensei que fosse ter coragem de tocar em alguém novamente. Nunca pensei que fosse ter vontade de beijar e abraçar, mas você despertou isso em mim Bella, você trouxe vida em muitos pontos mortos que havia em mim. Ela sorriu genuinamente e me abraçou. Eu estava tão satisfeito por ter lhe contado a verdade, ela não havia fugido de mim, ela não me abandonou.
-Eu amo você. Sussurrei olhando diretamente em seus olhos. Sim, eu a amava, mais do que qualquer outra coisa. -Obrigado por me trazer de volta a vida. Ela apenas ficou me olhando com seus olhos de chocolates, que agora pareciam mel.
-Me deixe te amar Edward? Deixe-me te amar e me ame também. Sussurrou olhando fundo em meus olhos. Deus, ela não estava propondo que eu, que nós, céus! Ela queria isso mesmo? Eu queria também? Sim definitivamente eu queria muito poder amá-la intensamente.


Todos os capítulo Aqui.

1 comentários:

ownt que lindo a ultima parte s2'

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